segunda-feira, 20 de junho de 2011

A informação Globalizada



       A tecnologia global é fascinante... é ágil... e é viciante. Lembro-me do tempo em que para fazer  uma pesquisa sobre baleias, era necessário ter uma  ou mais enciclopédias em casa. As ideais eram a Barsa, a Delta Larousse... eu nunca tive acesso à  elas fora da escola. Mas quando precisei copiei um texto enorme sobre energia, com dados sobre conservação de energia, E = MC2, vetor, e uma quantidade imensa de dados que até hoje, 15 anos depois não faço ideia. Hoje, temos acesso através do celular mesmo, a paginas em protocolo wap, através da banda larga em casa à infinitos sites de pesquisa... para quem isso não significa nada, ainda podemos em casa mesmo, ter nossa própria impressora, escancear e copiar livros, gravar do computador o que passa na televisão, colocar o computador em contato com outros computadores (o que é perfeito para jogar vídeo game e perder tempo) e expressar nossos sentimentos mais profundos em 125 caracteres (sim, isso na mesma mensagem não dá nem para explicar por que você está chegando atrasado no trabalho) e mais N outras formas de conectar-se que foram inventadas desde a primeira vez que criei esse texto (e olhe que ele não é antigo!). Então: como trabalhar toda essa informação de uma vez? Se formos analisar do ponto de vista da facilidade, os fios da imagem não seriam mais necessários, pois inventaram as redes wireless, mas se olhar as infinitas possibilidades de conexões através de uma bagunça de fios. Como você se organizaria para trabalhar  tanta informação e tanto conhecimento? Se você sabe essa resposta, escreva um livro, você vai ficar rico! Ops... livro não... vai logo de uma vez paro o e-book... e depois  volte ao início do texto. Pois você está desatualizado caro amigo... essa é a mais pura verdade.

“Assistimos perplexos a um distanciamento cada vez maior entre educação e formação, principalmente na educação dos jovens. Crianças e adolescentes recebem oceanos de informações prontas, desconexas, e muitas vezes fúteis, que são incapazes de processar e integrar em um projeto de crescimento em conhecimento e sabedoria. A informação não é formação. O simples acúmulo de informações, onde o raciocínio não tem lugar e a reflexão ética não encontra espaço, está longe de contribuir para forjar a personalidade e nortear a vida.
As considerações precedentes são apenas um exemplo para ilustrar a questão da globalização, mas um exemplo significativo do paradoxo da evolução das comunicações em relação aos ideais da cultura humana.
 A revolução nas comunicações promove a globalização e representa um avanço para a integração mundial. Apresenta, entretanto, como contrapartida, um desafio e um risco. Quando o acesso à informação se torna um fim e não um meio, a pessoa pode empobrecer-se tanto em aquisição de conhecimento, ciência, que só é possível adquirir pelo estudo, quanto na procura e conquista da sabedoria, que é um saber em profundidade, essencial, alcançado pela reflexão e muito distante do simples acúmulo de dados.
Concluindo, a globalização é um processo que se inicia com a comunicação. O advento da globalização traz inúmeras vantagens, porém apresenta sofismas e desafios. A análise desse processo exige reflexão. A comunicação e a ponta do iceberg. A comunicação favorece o relacionamento econômico, o diálogo político e tem um papel importante também cultural e em termos de valores. Para ir ao âmago da globalização é preciso analisar não só a comunicação, mas também a economia, a política e os valores”.
José Maria Rodríguez Ramos
Publicado em 15 de março de 2006
http://www.cieep.org.br/index.php?page=artigossemana&codigo=292


"o mundo glogalizado é como uma água viva, girando nas ondas do mar, quem não se informar sobre ela, será ferido, quem se informar, sabe que tudo faz parte do grande mar"

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